Antes de sair do Brasil, uma das atrações de Cancún me deixou encantada: o MUSA, um museu subaquático que fica a uns cinco quilômetros da costa de Isla Mujeres, uma ilha bem perto da cidade. São mais de 400 imagens feitas de uma espécie de cimento ecológico, submersas a oito metros de profundidade – a intenção é chamar a atenção para o ecossistema e criar recifes artificiais na área.
Como eu bem já disse, eu sou meio medrosa e a ideia de mergulhar de cilindro não me agradava muito. Se bem me conheço, acho que ia ficar bastante ansiosa… Mas, pra ver as tais esculturas, eu tinha de mergulhar! Lutando contra o medo, passei a pesquisar sobre o assunto e descobri que existe um passeio de snorkel para lá! Logo me animei, pois, mesmo de cima, eu conseguiria ver o tão sonhado museu.
Pagamos cerca de 60 dólares por pessoa pelo passeio no Aquaworld, uma agência especializada em passeios aquáticos em Cancún. O barco saía às 11h30 da marina e lá fomos nós, passeando por cerca de meia hora até chegar ao local.


Chegando ao ponto específico, eu pulei no mar toda feliz; afinal, ia realizar um grande desejo. Depois de alguns minutos no mar, eu simplesmente entrei em pânico. O mar não é nada calmo, puxa muito, as ondas são consideráveis. No primeiro momento minha máscara encheu de água – eu parei e limpei. Mas, na segunda vez que eu senti meu nariz cheio de água, eu pirei. Comecei a ter uma crise de ansiedade e jurava que ia morrer.
Não posso reclamar do atendimento da Aquaworld, muito pelo contrário. O grupo, de mais ou menos vinte pessoas, era acompanhado por dois guias: um deles veio até mim com uma boia e tentou me acalmar. Disse que minha máscara estava ruim e queria trocá-la, mas àquela altura eu não era mais capaz de continuar. Pedi pra voltar pro barco menos de dez minutos depois de sair dele. Fiquei muito frustrada e me culpei muito pelo medo que senti… Foi um dia ruim, em que me senti fraca e envergonhada. Mas hoje eu penso que cada um tem suas limitações – tem gente que não entra em aviões, que tem medo de altura, que não consegue fazer tantas coisas que eu consigo fazer! O meu medo é de mar. Mesmo aqui no Rio, eu já mergulho com cuidado, não gosto de ir até o fundo e respeito muito o mar. Estar em um lugar em que só vejo água, com a correnteza puxando contra minhas braçadas, certamente não é pra mim… Chego a pensar em tentar fazer alguma terapia contra esse medo, algo que me faça melhorar. Por enquanto, vou apenas respeitar que esse tipo de aventura não é pra mim.
O Leandro conseguiu fazer o passeio, que dura cerca de 40 minutos de nado intenso no mar. Ele amou! Disse que é muito legal e que ainda conseguiu ver muitos peixes e recifes no caminho. Muita gente desistiu no meio do caminho por causa do cansaço. Outra frustração: no desespero, acabei levando a GoPro comigo pro barco, e não temos fotos desse momento. Infelizmente, essa o marido vai ter que levar só na lembrança…
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