{este post é um desdobramento de um post sobre auto-estima do meu instagram}
Hoje eu vou fazer um antes e depois meio diferente, tá?
Sei que normalmente as fotos de antes e depois mostram na esquerda uma pessoa triste, infeliz, acima do peso, com uma expressão derrotada. À direita, uma versão emagrecida e sorridente daquela mesma pessoa.
Eu sei, mas no meu caso é diferente: uma Biessa tamanho 38 na esquerda, uma Biessa com muitos quilos a mais na direita.

Antes e depois da auto-estima
Quatro anos separam essas fotos. Na primeira, vemos uma Biessa magra mas que nunca estava satisfeita consigo mesma. Eu me achava feia e precisava me esforçar mais pra ser bonita. Na minha cabeça, eu tinha de perder mais dois quilos e muitos % de gordura.
Por isso fui em uma nutri famosa aqui no Rio que disse exatamente isso que eu achava – “você precisa perder muita gordura, menina, precisa cuidar de você!” – e me passou uma dieta muito restritiva e, pasme, uma “detox” de três dias com base de suco de uva. Só suco de uva. Na época eu achei isso totalmente normal, não vi nenhum problema nisso, fiz os três dias de suco de uva. Depois veio a dieta muito restritiva, que deixava inviável comer na rua (por isso a bolsa térmica grande nos meus braços, com comida e suplementos pro dia inteiro). Nos dias em que eu “jacasse” (odeio essa palavra, odiava na época e odeio ainda mais hoje) eu deveria passar o dia seguinte ingerindo apenas suco de uva. Veio a neura. Veio um efeito rebote: depressão e compulsão. Vieram os quilos a mais, a tristeza, a culpa.
Costumo dizer que estou catando até hoje os caquinhos dessa decisão equivocada. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Mas aí, em algum momento, eu passei a entender que não queria esperar o “amanhã” pra me amar.
Eu descobri uma coisa poderosa: auto-estima.

Corta pra hoje.
Temos aqui uma moça mais velha, mais madura e mais gorda. Sim, me preocupo com minha saúde e prezo por comer de forma saudável. Amo fazer exercícios. A diferença entre nós está basicamente na auto-estima. Eu passei a ver que não preciso mais usar 38 pra ser bonita e me sentir bem. Quero sempre estar saudável, e não, não sei porque não perco peso mesmo fazendo crossfit (já me perguntaram isso, mais de uma vez inclusive). Hoje mais que tudo eu prezo pela minha saúde mental. Só eu sei a que esforço estar com aquele corpo da primeira foto me levou, só eu sei como isso foi ruim pra mim pois me levou a uma depressão profunda em que eu mal tinha vontade de sair de casa.
Hoje, sei que o processo de desconstrução é longo e não é uma linha reta. Eu estaria mentindo se dissesse que não tem dias que me acho feia, que me culpo pelo meu tamanho, dias em que tudo que eu queria era entrar numa loja e caber em qualquer calça. Esses dias existem. Não é todo dia que me sinto bem e bonita. Algumas vezes eu só quero mesmo sumir. E tudo bem! Eu cato meus caquinhos e tento novamente. Me olho no espelho, vejo algo que acho bonito, me elogio e continuo em frente.
Claro que ainda há muito a se fazer. Sei que tenho de vencer a compulsão que ainda é um fator que mina minha auto-estima e me coloca pra baixo. Hoje sei que posso ser feliz e saudável do jeito que for. Sei que não preciso esperar o dia de amanhã pra me sentir bem, pra ir à praia, pra usar saia, pra colocar os braços de fora. Hoje eu vivo o hoje. E estou bem assim.
Gente que vale acompanhar!
Ajudou muito ver tanta gente bonita e empoderada e feliz aproveitando a vida. Seja na internet, seja na vida real, as pessoas perceberam que não precisam estar no padrão capa de revista pra viver.
Se você também está em busca da sua melhor versão, sem neuras e pressão, posso te indicar algumas mulheres bacanas que produzem conteúdo legal sobre positividade e amor próprio.
Papo sobre auto-estima
Mirian Bottan
Cinderela de Mentira
Grandes Mulheres
Aquela Mari
Daiana Garbin
Modices
Camilla Estima (Nutricionista)
Tem mais sugestões? Conta pra mim aqui nos comentários que vou adorar conhecer e compartilhar!
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